Friday, June 12, 2009

Complicando e descomplicando e complicando de novo

Eu queria ser uma pessoa simples. Mas não sou.
Ter sentimentos simples. Decisões simples. Desejos simples. Mas não tenho.
Objetivamente eu sei que o único jeito de viver é vivendo um dia de cada vez.

Um dia de cada vez. É o único jeito... Reduzir as expectativas ao máximo e aproveitar o momento que vem, quando e como ele vem. Já seria bom demais. Já tem sido bom demais. Mas eu espero... e desejo e, claro, me frustro com o que não tenho e não posso e não sou.

Eu era feliz só, quero dizer sem um homem, um companheiro, um amor. Não é impossível. Muitas mulheres vêm trilhando esse caminho. Algumas por opção, outras pela falta de opção. Afinal, sem amor não se espera muito, mas estamos sempre atentas. Eu estava. Atenta para querer apenas o que eu podia ter. E aproveitar ao máximo o que tinha.

Mas eu voltei a amar. Me apaixonei totalmente.

Eu sou feliz amando, só que as expectativas são maiores e as frustrações também.
Sou feliz quando ele tá comigo. Muito feliz. Mas preciso de muito muito muito muito esforço e atenção pra não ficar infeliz quando ele não pode ou não quer estar.

Eu vou amando, sonhando, então me distraio um pouco e já me vejo planejando um fim de semana que não vou ter. E eu já sabia que não teria. Sabia e concordava. Pra que planejar então? Pra que me sentir sozinha quando eu de verdade não estou? Quando eu tenho tantas opções que não se resumem a estar com ele? Antes eu não tinha ninguém e era suficiente. Antes, a felicidade não dependia do outro. Não pode depender agora.

Antes era fácil e bom planejar um fim de semana totalmente independente. Sem esperar por ninguém. Sem depender de ninguém... Dá pra fazer de novo. O problema é que essa pode ser uma decisão de mão única. Sem meio termo.

Tenho medo de enveredar por esse caminho. De continuar dando força à minha independência. Eu fiz isso com o meu filho e fui muito bem sucedida. Ele aprendeu a ser emocionalmente independente de mim. E aprendeu a me ver como uma mulher que não precisa de ninguém. Eu também, de certa forma, aprendi a ser emocionalmente independente dele. Só um pouco, afinal sou mãe. Não sei se gosto disso hoje em dia, mas não dá pra mudar.

Mas não sei se dá pra fazer isso com um amor. Não sei se eu quero. Não com esse. Por que eu quero um amor que dure. Que fique comigo e que me tenha. Só não sei se dá pra ter isso sem me perder... de mim...

Tenho que decidir se divido minha vida com alguém e aprendo - de vez - a não depender só de mim. Isso significa deixar de lado o orgulho e o medo. Não é pouca coisa.

1 comment:

Rede Atitude said...

Muitas vezes, penso nela como um brilho nas superfícies dos meus sonhos. Sinto que meus olhos brilham, queimam de emoção. Fico mais cheio, de vida me alimento. Mesmo só ou ocupado, depois, tudo ficou diferente. Minha esperança é maior, não precisa mais fazer sentido. Ela é! E contra isso não tenho argumentos. É! E só! Estou aprendendo a viver com estas sensações. Dividindo isso com quem faz melhor comigo, sempre.