O Luiz vai embora... e isso, no fim das contas, é bom. Fico feliz por ele ter se decidido a encarar a possibilidade da mudança e correr esse risco. Tenho certeza que passada a fase da estranheza e da saudade do país, da família e dos amigos, ele vai curtir muito a experiência de estar longe de tudo e rodeado de coisas novas.
Só é uma pena que por causa disso a gente se torne cada dia menos namorados e mais amigos. Não a parte de ser amigos, mas a perda da cumplicidade, que aos poucos vai dando lugar a um desconforto de não saber até quando é pra ser juntos como foi nos últimos cinco anos... Dá pra sentir nos beijos, no sexo, no abraço de despedida (esse é foda...). Pelo menos eu sinto. Vai ver é piração da minha cabeça, mas eu acho que não é não. Até por que é natural que isso aconteça. Eu, por defesa, pois preciso me acostumar com a vida sem ele como namorado e ele ... bom, difícil falar por ele, mas provavelmente porque já era como ele vinha se sentindo e tentava não demonstrar pra não me magoar...
A grande injustiça do amor é que na maioria das vezes ele não acaba ao mesmo tempo pras duas pessoas.
Não é fácil, mas eu decidi que não vou deixar o sofrimento ganhar espaço dessa vez e eu sou tinhosa pra cacete quando eu quero. Essa onda eu vou segurar com o mínimo possível de lágrimas... mais hora, menos hora vamos descobrir como é o novo jeito de conviver. Até porque não tem outro jeito. Life finds a way.
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